[Poema] Vil





Aqui não tem chão comum
A multidão passa gritando
Mas eu ouço somente 
O silêncio das minhas palavras...


Não tenho motivos
Não tenho rimas
O muito que sobra
Dispenso na rotina do trabalho...


Tornei-me o que desprezava
O que era pecado nos outros
Descobri-o em mim...


Dentro de mim habitava a mentira
Habitava o sarcasmo
É fácil perceber o erro alheio
Mas nunca percebemos os mesmos erros
Em nós...


Pequei alma cândida
Pequei contra o céu e contra ti
Meu erro me anulou
E agora sou invisível
Mas não por você
Por mim
Para aprender a domar essa fera
Os sentimentos estão fora de controle
Não os tenho debaixo da rédea de outrora
São fortes, robustos, invencíveis
Ou me entrego a eles
Ou continuo lutando...


Vou continuar lutando...


Sou uma sombra agora
Mas sombras aparecem somente se houver luz
Fica a seu critério
Manter a pouca luz acesa
Ou apagá-la de vez...

Comentários

Anônimo disse…
Gostei dos poemas, um desabafo constante, o conto...bem..eu conto..que o conto..coninua grande. rsrsrsbjs

Postagens mais visitadas deste blog

[Poema] Tempo

[Poema] Antítese

[Poema] Espólios