Começo de um novo tempo

O intuito desta jornada nem eu sei. Não tenho bússola e nem sei onde quero chegar. Apenas vou ficar andando por aqui e postando minhas impressões e pedaços do meu mundo de personagens. Sou apenas um meio para escape de um lugar imaginário cheio de pessoas com conflitos e paixões. Todavia sei que por esse caminho também terá poesia e opiniões das quais você pode divergir, mas problema teu, este mundo é meu.

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[Poema] Tempo

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O que o tempo levou de nós? Depois de tanto dividido Depois de tanto compartilhado Entre linhas Entre fatos e emoções Entre nossas dúvidas cotidianas... Para onde foi a paixão que não resolvemos? E o que o tempo levou de nós? A cada um restou o seu lado Repleto de canções tristes De memórias distantes De rimas que perderam seu sentido… Em que ponto nos desentendemos? O teu rosto sublime, etéreo Teu semblante de menina Teu sorriso meigo entre madeixas douradas É o que permeia minha mente… E o que o tempo fez conosco? Onde está a nossa caixa? Aquela onde guardávamos os sonhos? E onde está a nossa canção? Aquela que você sempre gostava de traduzir, Aquela que ouvíamos abraçados? O tempo te levou para longe Porém a lembrança te faz estar perto Como sinto a falta do teu toque Neste instante...
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Dispo-me dos sonhos Eles nunca cobriram minha vergonha Dispo-me da esperança Pois meu futuro é negro Jovem ou velho Não importa Eu fui e serei Talvez,  Não sei. O hoje que me alegra É uma tese, Que se transforma  Em antítese Quando abro os olhos. E mais à frente Justo quando me dão Experiência Prevejo a síntese. E tudo muda Meu conceito equivocado está Meu direito, está do lado Ao lado, do lado de lá. Dispo-me Arranho-me Devoro-me tal qual leitor. Sou meus olhos Percorrendo as imagens As formas que já não entendo As letras esmiuçadas Embaçadas Que sofrem mitose Que se fragmentam ao choque Do meu olhar... Tento ver o tempo Tento ver o que está ocorrendo Faço planos Não faço Eu crio e derrubo Eu pinto e rasgo Eu corro, sem saber Mas corro. E é esta vontade de gritar De botar para fora  Tudo que aqui vive.  De explodir  E na explosão levar comigo Aqueles que es...
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Num tom semi-escuro cruzou o céu No colo quente em seguida deitou-se Veio de nem sei onde Chegou sem pedir passagem Quando vi, era como se sempre estivera ali... Por uma vereda reta eu caminhei Era um dia qualquer entre tantos Alamedas coroavam o redor Mais à frente percebi a guerra E na peleja eu estava só... Aquilo que estava no colo antes Virou fumaça quando percebi E deixei ir à vontade Para onde queria ir... Não há arrependimento em mim Ansiava ter as armas certas Eu vi através dos seus olhos Que nada vivido foi real Que aquele abraço era de contos E que suas palavras  Eram bebida que se amarga no final... Eu perdi Naquela batalha eu não tinha chance Não havia escudo, não havia espada Estava de peito aberto E sem ter para onde ir Eu cedi... Não havia propósito mais Não existiam objetivos Não havia sina que pudesse preencher Nada mais a se falar ou escrever... Restou a presença de algo que faltava F...
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